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No ano em que comemorou seu centenário, o Vasco da Gama também conquistou um dos principais títulos de sua história: a Copa Libertadores da América de 1998. E essa conquista está intimamente ligada ao “Gol do Juninho”, em uma cobrança de falta espetacular. Todo vascaíno já viu e reviu esse lance centenas de vezes.

As Libertadores dos anos 1990 eram muito difíceis de serem vencidas. Em primeiro lugar, apenas dois times de cada país se classificavam para o torneio. Além disso,  a grande maioria das equipes era repleta de bons jogadores.

Um dos principais desafios do Vasco naquela edição, que foi tensa do começo ao fim, ocorreu contra o River Plate, na semifinal do torneio.

 

Gol do Juninho: cobrança de falta para a história

E, naquele jogo, o gol de falta do Juninho (ele ainda não havia recebido o “sobrenome” Pernambucano) ficou eternizado como o lance que garantiu a classificação.

Afinal, no jogo de ida, em São Januário, o Vasco havia batido o River Plate por 1 a 0. Na volta, estava perdendo pelo mesmo placar, até que Juninho, que começara a partida no banco, fez aquela cobrança monumental.

 

Jogo tenso

Com a vitória no jogo da ida, o Vasco só dependia de um empate para se classificar à final. Entretanto, a missão no Monumental de Núñez não era nada fácil.

O River Plate tinha um elenco recheado de grandes jogadores. Entre eles, estavam Sorín, Gallardo, Ayala, Pizzi, Burgos, Ángel e Solari – além de um jovem Aimar, no banco de reservas. Jogando em casa, com a torcida a favor, os argentinos iriam com tudo para reverter o placar.

E o jogo começou tenso. Os donos da casa, no tradicional estilo platino, cometiam faltas duras. Foram diversas em sequência, logo no início, para cima de  Luizinho, Válber e Luizão. O centroavante, aliás, não estava 100% para aquela partida, uma vez que havia tido febre pouco antes do embate.

 

Sorín abre o placar

O jogo estava pegado e ambas as equipes evitavam correr riscos. Aos 26 minutos, Nasa deu uma entrada dura em Solari, perto da grande área. Na cobrança, Sorín apareceu e, de cabeça, abriu o placar para o River Plate.

Depois, o time da casa começou a gostar do jogo e Gallardo se tornou protagonista. Primeiro, fez boa cobrança de falta após Luizinho ter dado uma entrada forte em Ángel.

O camisa 10, na sequência, realizou boa jogada na ponta esquerda e chutou forte, mas Carlos Germano, bem posicionado, espalmou para escanteio.

Aos 45 minutos, ele apareceu novamente. Hernán Díaz avançou pela direita e tocou no meio para Gallardo, que dominou e chutou muito perto da trave esquerda de Carlos Germano.

 

Gol do Juninho garante a classificação

No segundo tempo, o River também voltou pressionando. Logo no começo, Ángel recebeu de Solari, na grande área, e chutou por cima da meta vascaína.

O placar de 1 a 0 era extremamente perigoso, uma vez que, se o River achasse mais um gol, estaria com a classificação encaminhada.

Aos 21 minutos da segunda etapa, Juninho entrou no lugar de Luizão. Mal sabia ele que aquele jogo iria imortalizá-lo na história do Vasco.

O jogo continuou com o River indo para cima e o Vasco se defendendo. No entanto, aos 36 minutos, Vágner, que entrara em campo havia pouco tempo, disputou bola com Montserrat e o juiz marcou falta a favor do Cruzmaltino.

A barreira do River andava para a frente, tentando diminuir a distância até a bola. Os jogadores do Vasco, por outro lado, protestavam.

Nasa foi até a barreira argentina e puxou um dos jogadores do River pelo braço. Nesse meio tempo, Juninho apenas se concentrava – parecia pressentir o que aconteceria.

Quando o árbitro autorizou, ele foi para a bola e, com sua peculiar categoria, bateu com efeito. Burgos estava um pouco adiantado e a bola o encobriu, entrando quase no ângulo direito. Sem chances para o goleiro.

Com o 1 a 1 no placar, agora era o Gigante da Colina que se classificava para a final da Copa Libertadores da América.

Foto: Matheus Lima/Vasco da Gama

 

River pressiona

O River Plate, portanto, não tinha outra escolha a não ser ir para cima do Vasco. O que se viu, nos minutos finais, foi um festival de “chuveirinho” na área cruzmaltina.

Em um deles, Solari, quase na pequena área, cabeceou na trave. Um eventual 2 a 1 levaria a partida para os pênaltis.

Apesar disso, o placar não mais seria alterado, e o Vasco garantiria sua vaga na final.

A grande decisão foi contra o Barcelona de Guayaquil. Com duas vitórias (2 a 0 e 2 a 1), o Vasco conquistou o título da Libertadores daquele ano, fechando o primeiro centenário com chave de ouro.

Fonte: ovascoemeu.com.br/2023/05/28/gol-do-juninho-o-famoso-vasco-x-river-na-libertadores-de-98/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=gol-do-juninho-o-famoso-vasco-x-river-na-libertadores-de-98

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