Rio de Janeiro, RJ, 01 (AFI) – O Vasco apresentou o balanço financeiro de 2024 nesta segunda-feira, trazendo números de impacto nos cofres do clube. O relatório mostra crescimento da receita em 41%, atingindo R$ 17,6 milhões, mas revela também que a dívida saltou 28%, chegando a R$ 256 milhões no fim do ano. O documento destaca ainda uma acusação de desvio de R$ 220 mil por parte da empresa responsável pelo programa de sócios estatutários, contratada na gestão anterior.
O aumento da receita foi puxado principalmente por novos patrocinadores, com destaque para renovações que garantiram sustentabilidade ao basquete e ao futsal, além da conquista invicta do Carioca pelo futsal masculino após 16 anos fora de torneios nacionais. Mesmo assim, a situação financeira segue apertada, com notificações de dívidas antigas de FGTS e contribuição social, totalizando mais de R$ 32 milhões em novas cobranças.
BALANÇO FINANCEIRO DO VASCO: RECEITA E DÍVIDA EM ALTA
No relatório, a diretoria detalha que o caixa do clube foi pressionado por despesas maiores do que as receitas no início do mandato, além de cobranças imediatas da SAF relacionadas a um adiantamento feito em 2023. Os débitos previdenciários de 2022 foram parcelados e estão sendo pagos pela SAF, com valores cobrados do clube associativo.
Entre os destaques positivos, o Vasco celebra a renovação dos principais patrocinadores e a captação de novos parceiros para o futsal, que agora tem todas as despesas operacionais cobertas. O saldo de caixa fechou com alta de R$ 201 mil em 2024, resultado comemorado pela diretoria como reflexo de decisões estratégicas e corte de gastos.
VASCO, SAF E ACUSAÇÃO DE DESVIO NO PROGRAMA DE SÓCIOS
O documento também traz à tona o caso do repasse não realizado pela empresa que geria o programa de sócios estatutários, com R$ 220 mil deixados de ser transferidos ao clube. A gestão considera o episódio como inadimplência, com processos já encaminhados nas esferas criminal e cível para buscar ressarcimento.
O ex-presidente Jorge Salgado respondeu oficialmente às acusações, afirmando que, durante sua administração, todos os repasses foram feitos normalmente e que a escolha da empresa foi feita após processo seletivo. Salgado afirmou ainda: “…no terceiro trimestre fomos surpreendidos pela inadimplência da empresa prestadora de serviço do programa de sócio estatutário, que deixou de repassar ao clube aproximadamente R$ 220 mil referente ao pagamento de mensalidades de sócios”. Ele declarou apoio às medidas de ressarcimento tomadas pela atual diretoria.
